FATOS HISTÓRICOS

Prosseguindo com a história da localidade, Gema Tonet relata que segundo depoimento tomado do casal Joaquim Morandi e Teodora Pilati Morandi, que o pai deste, Paulo Morandi, construiu o primeiro moinho de Nova Pádua que moía milho e trigo, e que os restos ainda se encontrariam na propriedade da família Morandi. Relata ainda que, na comunidade eram rezadas três missas anuais: São Valentim em 14 de fevereiro, Nossa Senhora do Rosário em 7 de outubro e a missa de Finados, porque havia um cemitério da comunidade nas terras do Sr. Severino Morandi, onde foram sepultados os primeiros moradores. Com a extinção do cemitério em 1956, os restos mortais foram transferidos para o cemitério de Nova Pádua. 

Ainda Segundo Gema Tonet, na localidade houve uma escola graças aos esforços das famílias que moravam na localidade, que construíram uma pequena escola ao lado da igreja que passou a se chamar Escola Municipal Cisto Rosseto7 que atendia crianças da 1ª a 4ª séries, sendo o primeiro professor José Baroni. 
7 Cisto Rosseto teria sido quem propôs dar o nome de Nova Trento (primeiro nome de Flores da Cunha), terminando com a disputa pelo nome. A cidade teria amanhecido com uma placa pendurado no alto de um pinheiro em frente à praça com o nome escrito “Nova Trento”.

Nos primeiros anos a ligação da comunidade era com o Travessão Bonito e, somente em 1957 que foi construído o acesso pelo Travessão Barra. 

Os primeiros moradores do Travessão Serro Grande, conforme a divisão feita pelo governo imperial, instalaram-se em 20 lotes rurais. Teriam chegado entre os anos 1887 (Matteu Bizzotto) e 1888 (Famílias Zanatta e Reginato), dos demais não se têm registro ou informações, mas foram os seguintes os primeiros colonos: Zanatta Matteu, lote 1 de 302.500m², quitado em 1892; Bonetto Angelo, lote 2 de 302.500m², quitado em 1894; Zanatta Massimiliano, lote 3 de 302.500m², quitado em 1893; Bonetto Giuseppe, lote 4 de 302.500m², quitado em 1893; Savaris Giacomo, lote 5 de 302.500m², quitado em 1893; De Carli Agostino, lote 6 de 302.500m², quitado em 1893; Savaris Giacomo, lote 7 de 302.500m², quitado em 1891; Contin Gaspare, lote 8 de 302.500m², quitado em 1893; Giacometti Vittore, lote 9 de 302.500m², quitado em 1893; Bignosi Giuseppe, lote 10 de 302.500m², quitado em 1894; Zanatta Giovanni, lote 11 de 302.500m², quitado em 1892; Bizzotto Matteu, lote 12 de 302.500m², quitado em 1894; Gelain Bernardo, lote 13 de 302.500m², quitado em 1892; Gelain Giuseppe, lote 14 de 302.500m², quitado em 1894; Ardolfi Amos, lote 15 de 302.500m², quitado em 1895; Reginato Luigi, lote 16 de 302.500m², quitado em 1894; Bonetto Giuseppe, lote 17 de 494.150m², quitado em 1893; Panarotto Antonio, lote 18:? quitado?; Bizzotto Matteo, lote 19 de 282.250m², quitado em 1895; Zulian Angelo, lote 20 de 99.125m², quitado em 1895. 

Embora Marco Rocco Bordignon, assim como Giovanni Baggio e Eugenio De Carli, participassem e trabalhassem na comunidade do Serro Grande, na divisão política ou geográfica, suas terras pertenciam ao Travessão Serro Largo. 

Outros fatos e relatos ainda merecem ser adequadamente registrados mas, para não cair no esquecimentos ora vão pincelados, merecendo um registro mais preciso com datas e nomes. Segundo o Sr. Silvino Maróstica, freqüentador da localidade, o Travessão Serro Grande era muito desenvolvido e lá havia um dos cidadãos mais abastados de Nova Pádua e proprietário do primeiro caminhão do município. Relata ainda que haviam lá quatro moinhos. Também o Sr. Ildo Stanguerlin relata que sua mãe, também nascida na localidade, casou nesta Igreja dizendo que “casou na Paróquia”8 , fazendo clara referencia ao sentimento dos moradores locais quanto aos fatos históricos ora postos a reflexão. 
8 Fazendo questão de também lá comemorar as suas Bodas de Ouro.

Alguns fatos mereceram destaque naqueles primeiros anos de vida era dura, cheia de atribulações, sacrificios, e dores que merecem ser contados pelos próprios protagonistas, com base nos poucos registros nos jornais de circulação da época. Vejamos alguns deles: 

1 - Correio Riograndense_1946_09_04 - Benção do novo altar – ano 1946.

2 - O sacrificio de Eugenio de Carlipara salvar o filho
9 - Eugenio De Carli também foi um dos proprietários do Lote rural 01 do Serro Largo.

Fonte - Correio Riograndense - Il Colono Italiano de 1916-08-03

3 - Tragédia: Morre afogado Massimino Miosso, 
Fonte - Correio Riograndense - Il Colono Italiano de 1915-03-04 – Afogado.

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